A colecção de Alta Costura da próxima estação não é mais do que um conjunto de bonitos vestidos para autênticas mulheres-fatais.
Os vestidos de Elie são aqueles que mantemos ansiosamente guardados, com a esperança de que nos próximos tempos se realizem o máximo de eventos possíveis para que os possamos usar. As colecções de Elie são sempre maravilhosas, com peças bonitas e bem executadas - seja a colecção Primavera/Verão ou Outono/Inverno - mas a Alta Costura vem acrescentar um brilho extra a estas criações. Eleva a qualidade e a graciosidade de uma coisa que já é, à partida, perfeita.
Desta vez, repetiram-se as transparências, os drapeados, os brilhos e as bonitas rendas em decotes nada discretos à semelhança do que aconteceu na colecção S/S deste ano. São estes decotes rendados que, mais do que qualquer outro detalhe, me continuam a encantar. A paleta de cores cingiu-se a tons como o bege, o pêssego, dourado, algum prateado, bonitos azuis e tons castanhos que lembram o verniz particuliére de Chanel, o must-have de 2010.
Os vestidos com aplicações e bem trabalhados – nomeadamente o segundo na imagem acima - relembram McQueen mas numa versão light e bem mais ladylike. Este é um vestido preto digno de uma imperatriz ou, numa versão moderna, da realeza.
Em alguns coordenados os cintos foram usados para que as peças, devido aos tons e aos cortes não perdessem o seu encanto por não serem tão justas. Sem eles, algumas destas peças não resultariam tão bem. Os cintos deram o toque que faltava, garantindo que existe encanto num fino cinto dourado.
Os designs de Elie acabam por ser muito semelhantes, colecção após colecção. Tenho de admitir que a combinação transparências + renda + brilho começa a tornar-se enfadonha, até mesmo para uma acérrima fã de Elie como eu, porém, existe algo nestas colecções que, por mais parecidas que sejam, têm o poder de me cativar estação após estação. Gostaria de ver, um dia, algo diferente mas neste caso poder-se-á dizer: em combinação vencedora não se mexe!